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se diz pró-vida quando se trata de não tirar a vida de um feto, mas não liga pra quantidade de vidas tiradas nas tentativas de abortos em clínicas clandestinas.

se diz pró-vida quando se trata de um bebê “inocente”, mas não ligaria se tivesse pena de morte para bandidos.

se diz pró-vida quando se trata do bebê dos outros que ainda está na barriga, mas não liga de passar reto pelo bebê desnutrido nos braços da mulher pedindo esmola na esquina.

o buraco está sempre mais embaixo do que a nossa mera religiosidade tenta responder em seus vãos legalismos baratos. é muito mais fácil cuspir uma regra na cara dos outros do que dizer a verdade, envolta e sustentada por atos de amor.

a vida, que tanto tem sido defendida em discursos simplistas redes sociais a fora, é muito mais complexa do que diz nossa vã religiosidade e moralismo.

questões como a legalização do aborto deveriam fazer nós, discípulos de Jesus, refletirmos a respeito de como efetivamente temos sido promotores e defensores de vida em nossa sociedade decaída. e isso envolve TODOS os aspectos que a “vida” precisa ser cuidada e defendida (e acredite, sou mãe, a vida vai muito além do nascimento!). deveríamos ser conhecidos como os primeiros defensores de todos aqueles que tem sua vida ameaçada, de qualquer forma. nesse sentido, além de defendermos a vida dessa criança que ainda não nasceu, devíamos também ser os primeiros a ir até uma clínica clandestina e amar aquela mulher que quase morreu abortando uma criança.
nós, como discípulos de Jesus, só podemos abraçar a causa pró-vida se estivermos dispostos a pagar o preço dela. isso envolve lutarmos também por todos os outros aspectos de vida que ela demanda. se não, podemos ficar bradando verdades aos quatro ventos que elas nunca chegarão ao coração de ninguém e, enquanto isso, a vida vai se esvaindo em macas, sarjetas e becos logo na esquina dos nossos templos rebuscados e cultos “abençoados”.